quarta-feira, 16 de abril de 2008

Para público "Tropa" é o melhor

A Academia Brasileira de Cinema premiou ontem, dia 15, os melhores do ano no cinema brasileiro. A polêmica escolha do filme “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”, como o indicado brasileiro para o Oscar 2008, voltou à tona com uma resposta: “Tropa de Elite” - Melhor filme brasileiro pela escolha popular. É muito bacana que as premiações possam ter essa categoria que, na verdade, é a chance do público sentir-se “reparado” de supostas injustiças. Porém, a reincidência do longa de Cao Hamburguer como o preferido dos críticos brasileiros dá sinais de discordância com o ditado popular que diz “se não pode com o inimigo, junte-se a ele”.
Há quem diga que o cinema brasileiro tem um perfil peculiar - diferente do apresentado por “Tropa”, que cedeu aos ditames do cinema hollywoodiano, mostrando o que o povo quer ver: muita ação e violência. Picuinhas à parte, o filme de José Padilha arrebatou nove estatuetas, entre elas a de Melhor Diretor e Melhor Ator (Wagner Moura). Essa película continua sua carreira internacional com sucesso nas bilheterias dos países onde é exibida. Por aqui, quem ainda não viu pode dá uma passada nas locadoras e conferir os dois ganhadores, pois, vale muito à pena!

Lista completa dos vencedores

Filme: “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”, de Cao Hamburguer
Documentário: “Santiago”, de João Moreira Salles
Melhor filme brasileiro (escolha popular): “Tropa de Elite”
Melhor filme estrangeiro (escolha popular): “Pequena Miss Sunshine”
Diretor: José Padilha, “Tropa de elite”
Ator: Wagner Moura, “Tropa de elite”
Atriz: Hermila Guedes, “O céu de Suely"
Ator coadjuvante: Milhem Cortaz , “Tropa de elite”
Atriz coadjuvante: Sílvia Lourenço, “O cheiro do ralo”
Roteiro original: “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”
Roteiro adaptado: “O Cheiro do Ralo”
Direção de fotografia: “Tropa de Elite”
Direção de arte: “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”
Maquiagem: “Tropa de Elite”
Trilha sonora: “Cartola - Música para os Olhos”
Som: “Tropa de Elite”Efeitos especiais: “Tropa de elite”
Filme estrangeiro: “A Vida dos Outros”, de Florian Henckel von Donnersmarck
Filme de animação: “Wood & Stock - Sexo, Orégano e Rock'n'roll”
Montagem (ficção): “Tropa de elite”
Montagem (documentário): “Santiago”
Curta-metragem (ficção): “Beijo de Sal”, de Fellipe Barbosa
Curta-metragem (documentário): "A Cidade e o Poeta”, de Luelane Corrêa
Curta-metragem (animação): “Vida Maria”, de Márcio Ramos
Figurino: “Zuzu Angel”

segunda-feira, 14 de abril de 2008

PIPOCANDO***

*O amado e odiado cineasta dinamarquês, Lars Von Trier ("Dançando no Escuro" e "Dogville"), anunciou que começa a rodar seu novo filme no final do verão europeu (inverno no Brasil). Com gravações feitas na Alemanha, "Antichrist" irá abordar o drama de um casal que tenta superar a morte de seu filho de três anos.

*O sucesso de sites como o YouTube , que atrai grande número de pessoas, sobretudo jovens, fez os estúdios da TV americana como ABC, CBS, Warner Bros. e Sony Pictures cogitarem parcerias com artistas que produzem vídeos online. A idéia é distribuir produções originais na web.

*Após sua estréia nacional, na última sexta-feira, o público pode conferir o que a crítica destaca desde o Festival de Cinema do Rio em 2007: o baiano João Miguel é a nova sensação do cinema nacional. O protagonista do longa “Estômago” foi eleito o melhor ator pelo festival, que premiou o filme de Marcos Jorge como o melhor longa ficção pelo voto popular. Vale conferir!

*Mais de dois meses após sua morte, o ator Heath Ledger volta a ser notícia. Segundo a agência Reuters, “dois paparazzi de uma agência de fotografia de Hollywood estão sendo acusados em uma ação judicial de ter fornecido cocaína ao ator Heath Ledger para que pudessem filmá-lo secretamente aspirando a droga em um quarto de hotel, dois anos atrás”. O último filme do ator, Batman - O Cavaleiro das Trevas, na qual interpreta o famoso "Coringa", tem estréia mundial marcada para 18 de julho.

sábado, 5 de abril de 2008

A fim de contradizer um pouco de nossos pensamentos, reflitamos:

Bendita seja a arte do Cinema! Bendita seja sua inigualável capacidade de emocionar, conscientizar e, por que não, entreter?
Quando do alto de nossa criticidade demonizamos os estilos “espreme que sai sangue” ou os barulhentos filmes de ação, talvez estejamos nos esquecendo do fantástico poder de sedução audiovisual proposto por uma película. E vai procurar explicação para as perseguições, explosões e todas as outras extravagâncias contidas nas incríveis aventuras do tal Jason Bourne ou, no mais novo membro do clã de heróis invencíveis, o saltador David Rice de Jumper.
Para que explicar quem eles são, de onde vêm ou para onde vão? Esses filmes existem por um único motivo: entorpecer nossas mentes diante de seus magníficos efeitos de som e imagem. Mas, o que queria dizer Fedrerico Fellini e suas obras-primas? O que dizia Cabíria com seus olhos marejados, que faziam transbordar a tela?
É isso, o Cinema quando não explica, provoca, faz sentir. E, ainda a mais podre de todas as películas, nos faz pensar como poderia ser melhor.
Continuemos a acreditar que o bom cinéfilo é aquele que gosta de cinema, e não de alguns gêneros dele.