terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

A 80a cerimônia por debaixo do pano


A 80ª edição da maior cerimônia de cinema mundial, no último domingo (24), deixou muito a desejar. No Brasil, quem não assistiu ao vivo, pelo canal pago TNT, teve de esperar o Big Brother da Rede Globo para ver a gravação. Apesar de duas horas e meia na duração total, os discursos eram extremamente rápidos e insossos, como se alguém estivesse com um cronômetro atrás do palco, colocando pressa. A chamada ao prêmio de melhor atriz no meio do evento foi o que surpreendeu no evento.

As apresentações musicais, com canções dos filmes indicados, eram monótonas e clichês, o que fazia o telespectador mudar o canal até que o apresentador voltasse. A ausência de grandes produções, característico dos filmes hollywoodianos, foi outro ponto que tornou fraca a celebração. Como apresentador, o comediante Jon Stewart, por sua vez, não conseguia tornar esse quadro mais agradável, diferentemente da espirituosa Ellen DeGeneres, no ano passado.

Trailer de Onde os fracos não tem vez:

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

E o Oscar vai para...

Como já esperado, a grande estrela feminina do Oscar 2008 foi Marion Cotillard! Prêmio merecidíssimo, a protagonista de "Piaf - Um hino ao amor", seu maior trabalho até hoje, já recebeu o César, o "Oscar francês", além de dois outros prêmios, e foi aplaudida inclusive pela sua forte concorrente, Cate Blanchett. Na ala masculina, o destaque foi Daniel Day Lewis, por sua brilhante performance em "Sangue Negro", batendo grandes nomes como George Clooney e Johny Depp.

Depois da prévia do Globo de Ouro, Javier Bardem, ganhou novamente o prêmio de melhor ator coadjuvante, sendo o primeiro ator espanhol a ganhar um Oscar. A surpresa foi o prêmio de melhor atriz coadjuvante, para Tilda Swinton, por "Conduta de Risco". Essa categoria também contava com a forte concorrência de Cate Blanchett, por sua interpretação de Bob Dylan, em "Não estou lá".

Mas quem levou o melhor da noite foram Joel e Ethan Coen. Chamados pelo premiado do ano passado, o diretor Martin Scorsese, os irmãos levaram o prêmio de melhor direção, roteiro adaptado e filme, por "Onde os fracos não têm vez". No melhor roteiro original, a estátua foi para Diablo Cody, por "Juno".

Outros:
melhor animação - Ratatouille
melhor documentário - Táxi para o lado osbcuro
melhor trilha - Dario Marianelli (o mesmo de "V de Vingança"), de Desejo e Reparação
melhor fotografia - Sangue Negro

Confira a lista completa em: http://www.oscar.com/nominees/

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Disputa acirrada!!!

Quem costuma escolher ver um filme pelo elenco vai acertar se a aposta for “Elizabeth- A era de ouro”, estréia da útima sexta-feira (15). Em mais uma brilhante atuação, a atriz australiana, Cate Blanchett, mostra ser o ponto forte da película. No auge de sua carreira, ela tem a honra de ser duas vezes indicada ao Oscar 2008: Melhor Atriz por “Elizabeth” e Atriz Coadjuvante pelo longa “Não estou lá”, sobre a vida de Bob Dylan. Em 2005, Cate levou pra casa a estatueta ao interpretar Katharine Hepburn, uma das maiores estrelas que Hollywood já teve, em “O Aviador” de Martin Scorsese.


No entanto, é bom lembrar que a atriz francesa Marion Cotillard pode dar trabalho à bela Cate. Em “Piaf - um hino ao amor”, Marion arrebata o público com uma interpretação visceral da vida conturbada da cantora mais popular da França, Edith Piaf. Definitivamente emocionante. Foi assim que ela conquistou recentemente dois prêmios, o Bafta, uma espécie de Oscar britânico e o Globo de Ouro.

“Tropa de Elite” ganha o Urso de Ouro em Berlim

Começou bem a carreira internacional do polêmico longa de José Padilha. O tradicional Festival de Berlim, na 58º edição, elegeu “Tropa de Elite” o melhor filme da mostra. Reconhecido pelo engajamento político das películas que apresenta, esse ano, o festival foi bastante criticado pela programação insossa.

Parece que o filme vai deixar rastro por onde passar. Após ser considerado o maior fenômeno pop brasileiro de 2007, “Tropa” continua dividindo as platéias onde é exibido. A cruel realidade do Rio de Janeiro, imerso na violência, levou Padilha a retratar a ação de policiais que, ao tentar desempenhar seu trabalho, esbarram na corrupção que infiltra grande parte do serviço público no Brasil.

O prêmio vem em boa hora. Há completos dez anos, “Central do Brasil”, de Walter Salles, também ganhou o Urso de Ouro em Berlim e Fernanda Montenegro, o Urso de Prata de melhor atriz. O mérito de “Tropa de Elite” não fica por aí: Superou o favorito "Sangue negro", de Paul Thomas Anderson, premiado com o Urso de Prata de melhor diretor. Esse filme foi estréia da semana no Brasil e traz ainda no currículo oito indicações para o Oscar 2008.

O Brasil foi lembrado em outras três categorias:

Menção especial do júri: "Mutum", de Sandra Kogut
Melhor curta-metragem da Mostra Geração: "Café com leite", de Daniel Ribeiro
Prêmio Teddy Award: "Tá", de Felipe Sholl